Blood On The Tracks
Bob DylanPossivelmente o melhor disco do Bob Dylan. Um dos mais melódicos, com uma produção extremamente aconchegante e Dylan no auge da sua narrativa. Idiot Wind e Tangled Up In Blue são os maiores destaques.
Possivelmente o melhor disco do Bob Dylan. Um dos mais melódicos, com uma produção extremamente aconchegante e Dylan no auge da sua narrativa. Idiot Wind e Tangled Up In Blue são os maiores destaques.
Bom disco. Eminem traz um flow agressivo e fluído acompanhado de beats com uma sonoridade orgânica e samples utilizados com bastante coerência. Peca por ser um pouco repetitivo dentro da sua extensa duração, mas serve muito bem para representar o que era o melhor do rap no início dos anos 2000.
Melhor do que eu esperava. Com certeza um disco que darei novas chances no futuro. Timbres bem escolhidos de synth ajudam a criar uma atmosfera interessante e os vocais trazem um tom mais dark pra mistura toda. O fato do álbum ser curto ajuda a trazer um senso de coesão maior. Com certeza uma grande melhora em relação a Autobahn, o único disco do Kraftwerk que eu havia ouvido até então.
Bowie começa a dar a dica do que viria a ser Blackstar nesse ensaio de retorno. Aliando momento palatáveis com outros ligeiramente mais experimentais, The Next Day é um belo disco de Art Rock, com arranjos muito bem pensados, ótimas melodias e grandes interpretações de Bowie.
Impressionante como um disco dessa época tem uma captação tão cristalina. Os timbres de violão são lindíssimos e os diálogos entre as músicas mostram um clima de descontração enorme entre os músicos. Todo mundo parece estar se divertindo bastante enquanto toca, o que torna uma audição bem agradável. Em termos de composição a Nitty Gritty Dirt Band desvia bem pouco da norma aqui, com melodias e progressões de acorde manjadas, mas mesmo assim Will the Circle Be Unbroken é um bom disco, que poderia ser ótimo não fosse a duração estendida e a repetitividade entre as faixas.
Arranjos mais crus e pesados para clássicos do Who aliados a uma execução visceral e covers bem escolhidos para demonstrar a fúria da banda ao vivo. Tem um motivo para esse ser reconhecido como um dos grandes ao vivo da história. Destaque para o medley de My Generation incorporando partes do Tommy e uma versão de Magic Bus muito superior à original.
Um bom álbum para mostrar como o pop evoluiu ao longo das décadas. Close to You traz belas melodias adornadas pela voz doce de Karen Carpenter. Em alguns momentos chega a soar um pouco como a Annie Haslam no Renaissance. Os arranjos são sutis, mas bem trabalhados, com destaque para o uso das cordas. Falta ganchos mais memoráveis e um pouco mais de contraste para transformar Close to You de um disco bom para um disco ótimo.
O álbum de estreia do Jamiroquai é um belo cartão de visitas. A banda ainda vai aparar as arestas no estilo de composição em álbuns futuros, mas a base está aqui. Um instrumental exuberante, boas interpretações de Jay Kay nesse que é possivelmente o disco mais jazzy da banda.
Moondance começa com a música que é provavelmente a minha preferida no catálogo do Van Morrison, "And It Stoned Me". Ainda tem pontos altos com a faixa título e "Into the Mystic", mas o restante do álbum falha em chegar no mesmo nível. Destaque para a voz do norte-irlandês neste bom disco de folk rock que fica nas sombras de seu antecessor, o incrível Astral Weeks.
Hounds of Love é um dos discos mais cultuados do art pop oitentista. Um álbum que atravessa barreiras de gênero, sendo abraçado tanto pelos mais fervorosos fãs de pop quanto pelos amantes da música progressiva. O quinto trabalho de Kate Bush ganhou ainda mais prestígio após a viralização de "Running Up That Hill (A Deal with God)" na série Stranger Things, se estabelecendo como um dos discos mais conceituados da história, estando no top 100 do Rate Your Music, por exemplo. O que vemos aqui em Hounds of Love é um art pop riquíssimo, com arranjos cheios de camadas, timbres acertadamente escolhidos e melodias intrigantes, acompanhados da voz única de Kate Bush. O lado A justifica completamente o hype, com uma sequência impecável, uma paulada atrás da outra, com destaque para "Running Up That Hill", "Mother Stands for Comfort" (adornada pelo maravilhoso contrabaixo de Eberhard Weber) e, a grande pérola do álbum, "Cloudbusting". O "problema" de Hounds of Love reside no seu lado B, a suite "The Ninth Wave", que, por mais que possua vários momentos interessantes, soa um tanto desconexa na sua verve experimental, faltando fluidez e a mesma força das melodias apresentadas na primeira metade do álbum. Se as primeiras 5 faixas fariam o disco merecer 5 estrelas, "The Ninth Wave" faz a média baixar para 4, na minha opinião.
In It For the Money traz um som muito mais ácido e roqueiro do que eu esperava do Supergrass, visto que meu contato com a banda vinha apenas dos hits "Alright" e "Grace". Sinto que é um disco cheio de boas ideias que não souberam ser aproveitadas da melhor maneira possível. A primeira faixa, por exemplo, termina em um fade out completamente preguiçoso, dando uma sensação de que a música não teve sua composição devidamente terminada. Falta uma inventividade um pouco maior nas melodias para acompanhar as boas progressões de acordes encontradas no álbum, além de um contraste maior de dinâmica, já que a maior parte das canções tem uma proposta similar. In It For the Money é um álbum agradável, mas que não me acrescenta em nada.
A estreia do Oasis é considerada por muitos o melhor disco da banda (o que está longe de ser verdade, na minha opinião). Trazendo um som cheio de energia e com refrãos fortes, a banda capitaneada por Noel Gallagher traz um álbum que passa com facilidade no teste do tempo, com hits que soam excelentes até hoje. Os destaques, ao contrário da maior parte dos outros álbuns do Oasis, ficam justamente por conta de suas músicas mais celebradas, como "Supersonic", "Live Forever", "Slide Away" e "Rock and Roll Star", dando ainda espaço para pérolas como a raivosa e quase-punk "Bring It On Down" e a singela balada "Married with Children". O álbum tem alguns momentos menos interessantes que trazem a média pra baixo, como as repetitivas "Shakermaker" e "Columbia" e a insossa "Digsy's Dinner", mas já mostra a força do que viria a ser o Oasis para o final da década de 90.
Let's Get It On é um disco muito coeso e uniforme, esbanjando sensualidade, boas melodias e a performance vocal exuberante de Marvin Gaye. É um disco sem nenhum momento ruim, soando redondo durante toda a sua (curta) duração. Os arranjos de metais trazem um ar de sofisticação e a banda ajuda a trazer o groove sem espaço para excessos. É um disco sem dúvida muito bom, mas sinto falta de momentos mais arrebatadores, algo que me cause um arrepio. O destaque fica facilmente com a faixa título, bem como sua reprise.
Da Capo é um velho conhecido meu. Já ouvi inúmeras vezes tentando entender um pouco melhor o motivo de ser um disco tão celebrado. Tem algumas boas canções, como Orange Skies e a ótima Seven and Seven Is (que tem uma bela versão do Rush no EP Feedback). O pop psicodélico de She Comes In Colours dá o tom do que viria nos próximos anos, talvez já tendo Pet Sounds como uma de suas influências. Num geral, poderia ser um bom disco, se não fosse pela longa Revelations, que abre de maneira promissora com o harpsichord, mas desemboca em uma extensa jam blueseira sem foco ou nada que justifique sua duração. Da Capo soa hoje como um álbum sem tanto brilho, mas não é difícil entender seu valor histórico em uma época de experimentação e expansão dos limites da música.
O disco mais comercial do Boss. Tem uma produção super acessível e, por mais que tenha o som característico dos anos 80 (o excesso de reverb na caixa e os timbres de teclado, por exemplo), traz uma sonoridade - um pouco - menos datada do que de outros discos contemporâneos a ele, conferindo um status um pouco mais atemporal à obra. Bons refrãos e as letras diretas e certeiras são os destaques em um disco soa divertido e dançante do começo ao fim, com as faixas de "respiro" como My Hometown e I'm On Fire sendo algumas das mais bonitas do catálogo de Springsteen.
Disco bem fraco. Não chega a ser exatamente ruim, mas não traz nenhum brilho, nenhum momento cativante. O destaque fica na produção, que traz bons timbres de guitarra e sintetizadores envolventes. Nem mesmo o contraste entre as vozes salva as melodias insossas e as composições sem rumo.
O disco começa muito bem com Beetlebum e já engata com a clássica Song 2. Uma pena que, além dessas duas, meu único destaque seja para a bela Strange News from Another Star. O resto do disco passeia entre faixas agradáveis e outras esquecíveis. Momentos como Essex Dogs tornam o disco praticamente um borrão na minha memória. Nada do que ouvi no disco homônimo do Blur é propriamente ruim, mas esperava mais.